Ingryd Lamas
terça-feira, 5 de março de 2013
sábado, 2 de março de 2013
A arte nas mãos.
Fauzia de
Barros Vieira.
Fauzia
é natural de Tombos, tem 19 anos, anda de skate e tem um dom admirável de
desenhar. Foi em 2008 quando, por acaso,
ela se descobriu no desenho. Ao olhar para uma folha que tinha um sapinho
desenhado, decidiu tentar copiá-lo e conseguiu! Por mais que pareça
"boba" essa conquista, ela foi o ponto de partida para Fauzia não
parar mais de desenhar. Mas ela admite, foi ao longo do tempo que se
aperfeiçoou e tornou sua arte cada vez melhor ( "no início era tenso").
O sentimento de estar desenhando é, para ela,
inexplicável. Ela sente que o desenho a faz ver o mundo de outra forma,
principalmente, porque está sendo criado por ela mesma. Quando o momento
propicia inspiração, a sensação se torna ainda melhor. A sensação é de missão
cumprida por ter conseguido transmitir para o papel aquilo que estava na
cabeça. Ouvir uma boa música é algo que realmente a ajuda muito, pois as ideias se
fortalecem. "Dá um up", como ela mesma diz.Inicialmente vai investir em estampar camisetas com seus próprios desenhos e também está pensando em transferi-los para quadros, ou seja, na pintura.
Dentre os inúmeros empregos de um desenho no decorrer da sua vida, houve o emprego AMOROSO. Até mesmo para quem não tem talento, nem que seja o tradicional coração, todos desenham.
Fauzia há um tempo, gostava muito de um menino, e esse amor lhe dava muita inspiração para fazer desenhos deles juntos. Ela fazia e entregava para ele, acreditando na reciprocidade desse amor. Em um desses desenhos ela fez um "meio a meio", metade do rosto dele e metade do dela, o que ela considerou, "modéstia à parte", excelente. Mas, no fim, descobriu que esse amor não era correspondido e que tinha feito tudo "à toa". A experiência foi ruim, mas não o suficiente para desistir de desenhar, apenas preferiu se desfazer dos tais desenhos.
O talento dela propiciará muitas oportunidades, pois além de sua vocação, Fauzia é uma menina determinada e acredita nos seus sonhos. E, como dizia Salvador Dalí, "Desenhar é a integridade da arte. Não há possibilidade de trapacear. Ou é bom ou é ruim." Ela já provou ser uma grande artista.
sexta-feira, 1 de março de 2013
4 - Histórias de campobelenses que vivem ou viveram fora do Brasil.
Wagner José Alvarenga Júnior
Wagner se mudou para os EUA (Biwabik, estado de Minessota),
em 2011. Diferentemente das outras histórias, não foi uma escolha sua e sim uma
"convocação" de trabalho. Essa era uma oportunidade imperdível, tanto
para o seu crescimento profissional quanto pessoal. A adaptação a essa nova
vida, com certeza, não seria tarefa fácil, mas diante da disposição de se
adaptar, tudo se tornou mais fácil.
O novo clima, felizmente, não o incomodou, já que, ele prefere
o inverno ao verão. Chegou aos EUA em pleno verão e, para o começo da nova
vida, não sofrer uma mudança brusca de temperatura favoreceu muito. Além disso,
durante o inverno, esquiar se tornou o seu grande hobby e isso foi um motivo a
mais para gostar do clima. "Esquiava todo final de semana, eu morava em
frente à estação de ski".
Em se tratando de receptividade, esta é um dos principais receios dos brasileiros quanto aos
estadunidenses. De forma generalizada, acredita-se que não
haverá aceitação e sim muito preconceito. Contudo, ao contrário do que Wagner
esperava, as pessoas de seu convívio o receberam muito bem, inclusive, foi
convidado a passar o dia de Ação de Graças e o Natal na casa de seus colegas de
trabalho. O que é uma forma de mostrar amizade, pois são datas de comemoração familiar, e
ele foi incluído.
Ainda que encontrar pessoas novas seja muito bom, as
pessoas que teve que deixar para trás são insubstituíveis e, portanto, fizeram
muita falta. Em se tratando da família, Wagner já morava fora de casa há onze
anos e isso contribuiu para que não fosse um impacto tão grande. Já em relação
à namorada, foi muito difícil se separar, mas devido à relação sólida e madura que vivem,
a confiança foi fator primordial. E, para amenizar a saudade, a cada dois
meses, ele passava uma semana no Brasil.
Além das pessoas, o que ele mais sentiu falta do Brasil foi
a alimentação. Relatou não ter se adaptado à forma superficial que temperam os
alimentos, "Ao cortar a carne não se encontrar sabor no interior". E também há
o excesso de comidas não saudáveis na alimentação, o que foi prejudicial a sua
saúde, levando-o a retornar ao Brasil com uns quilinhos a mais.
Wagner se mudou com tempo determinado para voltar, durante
esse tempo desfrutou de muitas maravilhas que deixaram saudade: "esquiar,
preços justos, a ausência do jeitinho brasileiro, ver todas as pessoas com uma
vida digna e, apesar de não haver tanto calor humano quanto no Brasil, as
pessoas sabem exatamente onde começa e onde termina o espaço delas." Além disso, o que para ele foi uma experiência incrível e
inédita, poder pescar em um lago congelado!
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